Hosana, Hosana
Neste domingo, teremos a celebração que inicia a Semana Santa: o Domingo de Ramos. A começar pela procissão, podemos dizer que se trata de um domingo todo especial. Ainda mais, nesse domingo ouvimos a leitura de dois evangelhos: um antes da procissão (que conta a entrada em Jerusalém) e outro que, como de costume, vem depois das leituras e dentro da Igreja (que conta toda a história da Paixão).
Começamos a celebração escutando o primeiro evangelho com os ramos nas mãos. E, da mesma forma que aquele povo, nós também aclamamos a Jesus como Senhor da nossa vida. Quando cantamos “Hosana”, estamos dizendo que esse Jesus é aquele em quem acreditamos, pois é aquele que esperávamos para nos salvar. E há tantas coisas em que necessitamos salvação...Veremos a seguir dois pontos-chave.
Em primeiro lugar, impressiona que nosso Salvador entre em Jerusalém sobre um burrinho. Já se perguntaram por que ele escolheu esse bichinho orelhudo e não um cavalo bem bonito? Pois é, foi para não correr o risco de parecer com os guerreiros de sua época. Quando um conquistador tomava uma cidade à força, entrava pelo portão montado em um grande cavalo. Por isso, entraram montado em um burrinho mostra que o plano de Jesus está muito longe de qualquer tipo de violência: Jesus acreditava, vive e morre pela paz. O que deseja é ganhar os corações e não forçar ninguém a nada. Assim, a celebração do Domingo de Ramos nos ensina que a Salvação que Jesus nos oferece está muito longe de qualquer tipo de violência.
Em segundo lugar, está toda a leitura do segundo evangelho, que não nos deixa fugir de uma realidade da vida: o sofrimento. Jesus nos amou e nos ama por isso sofreu nas mãos daqueles que optaram pela violência e pela falta de amor. Contudo, enfrentou essa provação sendo fiel ao seu plano de amor e não condenou ninguém, nem renegou ao amor sendo violento. Tudo o que padeceu, padeceu perdoando e tentando convencer os que o maltratavam a se converterem. Com isso, nosso Senhor nos ensina que há duas maneiras diferentes de enfrentar o sofrimento: ou se paga o mal com o mal, ou se paga o mal com o bem. Ele escolheu a segunda maneira.
Então, quando estivermos na celebração do Domingo de Ramos segurando nossos raminhos, vamos nos lembrar que estamos assumindo um compromisso com Jesus. Estamos dizendo a Ele que nós aceitamos a salvação que Ele nos oferece. Por isso, viveremos da mesma forma que Ele, rejeitando todo tipo de violência e pagando o mal com o bem. Assim, esse ramo que levaremos de volta para nossa casa terá de ser sinal de nosso compromisso com a paz mesmo diante desse ambiente tão violento.
Autor: André Bressane de Oliveira
Extraído da Revista Mensageiro do Coração de Jesus, , vol. 117, n. 1289, p. 7-8, Abr. 2011.
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