Ultimamente temos visto manifestações públicas contra a Igreja e o Santo Padre que desencorajam qualquer católico a dizer: “Eu sou católico”. Mais recentemente em Espanha vimos o nosso Santo Padre Bento XVI ser humilhado por grupos com propósitos anti-católicos, e de orientação homossexual, que em atitude de provocação, se beijavam nas ruas de Barcelona, a quando da passagem do Santo Padre. Há dois domingos atrás ao ouvir o evangelho santo, quando este nos diz:
“Ele respondeu: Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não andeis atrás dessa gente!”
e depois de decidir o tema desta minha reflexão, dei-me conta que nenhum sinal, nos pode dizer quando será esse tempo, mesmo que o que nos é posto na frente, como este caso em Barcelona, nos diga : o tempo deve estar próximo. Não devemos por isso anunciar o fim do tempo, temos que fazer aquilo que Jesus nos recomenda neste mesmo evangelho de domingo:
” Será uma ocasião para dardes testemunho.”
Recentemente temos assistido à má interpretação das palavras do Santo Padre, que tem forçado a Igreja a corrigir a imprensa, não tendo no entanto a própria imprensa corrigido o seu erro. Um exemplo disso aconteceu em Inglaterra, onde houve uma grande polémica gerada em torno das palavras o Santo Padre, em que os mídia anunciavam que o Santo Padre tinha falado contra os ateus e colado os ateus ao nazismo. Basta pesquisar no Google, sobre o assunto e encontramos imensos sites ateístas ofendidos, por algo que não foi bem interpretado. Na verdade o que o Santo Padre disse e muito bem foi (tradução minha do inglês):
“Mesmo em nossa própria vida, podemos lembrar como a Grã-Bretanha e seus líderes estiveram contra a tirania nazi, que pretendia eliminar Deus da sociedade e negou a nossa simples humanidade a muitos, especialmente os judeus, que eram considerados indignos de viver. Recordo também a atitude do regime de pastores e religiosos que falou a verdade com amor, em oposição aos nazistas e pagou essa oposição com as suas próprias vidas. Ao refletirmos sobre as lições sombrias do extremismo ateísta do século XX, não esqueçamos nunca que a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública, em última análise leva a uma visão truncada do homem e da sociedade e, portanto, a uma visão redutora da pessoa e do seu destino”.
Isto em nada tenta atacar os ateus, mas sim o ateísmo, que infelizmente e de forma prática existe mesmo entre aqueles que se consideram cristãos. Não são só ateus aqueles que se dizem ateus, mas aqueles que pela sua boca confessam o Senhor, mas pelas seus atos, se distanciam dele:
"Este povo me louva com a boca, mas o seu coração está longe de mim" (Mt 15, 8).
Era contra este ateísmo que o papa falava e por isso falou em exclusão de Deus da sociedade. Aliás não é possível que a exclusão de Deus seja feita só com os ateus explícitos, dado, que no Mundo eles são relativamente poucos. Infelizmente os mídia deturparam as palavras do papa, ou por má fé, ou porque não perceberam a excelente capacidade intelectual do nosso Santo Padre. A Igreja na pessoa do Santo Padre, como é seu dever encarna a pessoa de Cristo e os mídia, encarnam por vezes os fariseus que ouvem e não entendem nada, porque tem o coração endurecido e não conseguem perceber a verdade. Não raras vezes esta situação de má interpretação das palavras do Santo Padre tem acontecido, com os mídia a interpretarem mal as palavras, que o Santo Padre com coragem apostólica, tem proferido. Isto leva-me a dizer que a Igreja Católica está encarnada da pessoa de Cristo, pois à maneira de Cristo fala a verdade, que aqueles que estão dentro do redil conseguem perceber, como Cristo nos disse:
“Assim se cumpre a profecia de Isaías:Ouvem mas não entendem; olham mas não vêem! Porque o seu coração está endurecido; são duros de ouvido, e fecharam os olhos , de tal modo que não verão, nem ouvirão, nem entenderão, nem se voltarão para Deus, nem me deixarão curá-los”. (Mt 13,14-15)
e aqueles que estão fora do redil não conseguem alcançar e só falam para lançar a discórdia e a confusão. Por isso não tenhamos medo, nem nos deixemos abater por aqueles que de forma indigna se puseram a jeito de escândalos (falo da pedofilia), para se colocarem no caminho da fé que estava a nascer e era criança no coração de muitos, porque estamos na Igreja onde Cristo se faz presente sempre pelos séculos do séculos, como ele próprio prometeu:
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”(Mt 16,18).
Não podemos no entanto fazer o papel das vitimas dos mídia, nem nos queixemos deles. Deixemos que eles façam o seu papel, como os fariseus fizeram. Ouçamos com humildade e se quiserem crucificar a Igreja, pelos seus pecados, pois que crucifiquem, pois após a crucifixão, vem sempre a ressurreição, cheia do corpo glorioso de Cristo e livre de escândalos. Se a nossa fé não for ainda capaz de dizer “Eu sou católico”, não a forcemos, nem sintamos culpa, deixemos que ela rumine nos nossos corações e que o semeador, a faça crescer, para que dê muito fruto e sem medo, algum dia venhamos a dizer sem medo:
“Eu sou católico, eu acredito.”
Portugal
autor do Blog Cotidiano Espiritual
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Está aí um tema interessantíssimo e profético.
ResponderExcluirPara deixar ainda mais sólido o nosso argumento sem que sejamos acusados de querer nos passar por vítimas, basta-nos olhar e prestar atenção ao que a mídia tem publicado sobre uma declaração do Papa sobre o uso de preservativos de forma totalmente descontextualizada. O mais grave é perceber que mesmo fora de contexto em nenhum momento o Papa em nenhum momento indica a autorização por parte da Igreja para o uso do mesmo.
Parabéns Vitor!
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